A Maldição do Tigre - Colleen Houck

A Maldição do Tigre
A Saga do Tigre # 1
Colleen Houck
Ano: 2011 / Páginas: 311
Idioma: português
Editora: Arqueiro

Sinopse: Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.

Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem. A maldição do tigre é o primeiro volume de uma saga fantástica e épica, que apresenta mitos hindus, lugares exóticos e personagens sedutores. Lançado originalmente como e-book, o livro de estreia de Colleen Houck ficou sete semanas no primeiro lugar da lista de mais vendidos da Amazon, entrando depois na do The New York Times.

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Sabia que ler cansa? Não é todo tipo de leitura, claro. Há livros que te dão uma sensação gostosa de leveza, ou de alegria. Mas há aqueles que te envolvem e prendem de tal forma que vira questão de necessidade terminar a leitura. Aí você se joga entre as páginas. E quando o livro é cheio de detalhes, alguns que você até se pergunta se é mesmo necessário, você se vê numa maratona. E ao virar a última página você se sente um horror de tão cansada.

Foi assim que me senti com esse livro.

A história é fantástica, os personagens únicos e a trama é repleta de aventuras memoráveis. Só que o excesso de detalhes faz com que o livro pareça ter 755 páginas. E isso, caro leitor, é uma barreira que deve ter feito muita gente desistir da leitura. O que é uma pena, porque o desfecho foi espetacular, digno da promessa feita nas primeiras páginas.

Bom, mas sobre o que é a história?

Ren e Kishan são irmãos e príncipes de um reino indiano. Há 350 anos eles foram amaldiçoados a serem tigres durante 23h36min por dia. Ou seja, só podem ser homens por 24 minutos a cada 24 horas. Um passo em falso fez de Ren prisioneiro de homens ambiciosos e o tigre se viu passando de mão em mão até parar em um circo nos Estados Unidos. Desde que foi afastado do irmão, Ren não pôde mais se transformar em homem. Há séculos ele vive apenas como tigre. Até a jovem americana Kelsey ir trabalhar no circo e se encantar com o tigre.

A jovem passa a cuidar do animal e se compadecer por seu aprisionamento. Ela conversa com o tigre e acredita que a solidão dele é igual a que sente desde a morte de seus pais. Uma afinidade incomum é criada e isso, misteriosamente, faz Ren voltar a ser capaz de se transformar por 24 minutos.

Uma enxurrada de acontecimentos nascem desse despertar. A maldição ainda existe, mas agora Ren pode escapar do circo e entrar em contato com seu amigo e guardião que move céus e terra para dar início a uma jornada cheia de aventura e romance em busca da liberdade plena.

Cheia de referências à cultura indiana, aventuras dignas de Indiana Jones/Alice no País das Maravilhas e cenas românticas de fazer suspirar, A Maldição do Tigre faz jus a fama de livro épico e digno das telonas do cinema.

Comecei a tremer incontrolavelmente. Aquilo era demais para absorver de uma só vez. Mensagens em cavernas secretas, ser a favorita de uma deusa indiana e partir em uma aventura na selva com um tigre? Eu me sentia assoberbada. Minha mente gritava: Não é possível! Não é possível! Como foi que fiquei presa nessa situação bizarra? Ah, sim. Eu me voluntariei.

Apesar do livro ter sido bom, não posso prometer a resenha do próximo da série, pois essa pegada indiana não é muito a minha praia. Se os livros fossem menos detalhistas, talvez até eu continuasse a ler... Bem, quem sabe um dia, não é?

Até a próxima.