[Resenha] Lola e o Garoto da Casa ao Lado de Stephanie Perkins

A fórmula perfeita para a paixão e o humor.

Lola e o Garoto da Casa ao Lado
Autora: Stephanie Perkins
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 288
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: TEEN

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Sinopse: A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda... ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro.Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.

Sobre a autora: Stephanie Perkins (www.stephanieperkins.com) sempre trabalhou com livros - primeiro como vendedora, depois como bibliotecária e agora como romancista. Adora café moca, contos de fadas, música alta, caminhadas na vizinhança, chá de jasmim e tirar sonecas à tarde. E beijar. Stephanie e seu marido moram nas montanhas do norte da Califórnia.

                                                    Resenha:

“Era uma vez uma garota que conversava com a Lua. 

E ela era misteriosa, era perfeita 

daquele modo como são as garotas que conversam com a Lua. 

Na casa ao lado vivia um garoto. 

E o garoto observava a garota se tornar cada vez mais perfeita, 

cada vez mais bonita a cada ano que se passava. 

Ele a observava enquanto ela observava a Lua.” Pg. 276 

Uma garota, um cara completamente errado e outro dos sonhos, amizades e dramas familiares. Talvez esses “ingredientes” possam ser previsíveis em muitos romances do gênero, mas, garanto, o resultado final deste livro é tão saboroso quanto às ricas e raras especiarias em todo o mundo.

Lola tem 17 anos, uma personalidade única e mostra isso por diferentes meios. Veste-se de forma extravagante, com direito a perucas loucas e combinações espantosas. É uma das raras adolescentes que se preocupam com seus pais, neste caso, seus dois pais.

Confesso que foi estranho me deparar com uma adolescente tão atípica, audaciosa, polêmica. 

Com pais gays. Teoricamente não há motivo para choque, certo? É comum, ao menos a ideia. Mas uma parte conservadora em mim gritava que talvez a estória não fosse me agradar. Pensei até em deixar de lado a leitura, não curto temas polêmicos, mas então, curiosamente, pensei “e se eu morasse nessa rua também?”. E se a situação não fosse tão fácil de ignorar fechando-se apenas um livro?

Posso não compreender completamente as escolhas que as pessoas fazem, mas posso (e devo!) aceita-las e me esmerar para conviver bem com elas.

E, dando continuidade a leitura, percebo como meu resguardo inicial foi tolo. 

O livro é simplesmente fabuloso.

Lola acredita ser feliz. Tem um namorado que parece ser perfeito, pais compreensivos e planos audaciosos para o futuro. O problema surge com o retorno de seus antigos vizinhos. 

Os gêmeos Bell estão de volta ao bairro e Lola precisa arrumar um jeito de não morrer, seja de vergonha ou ódio. O casal de gêmeos um dia já fez parte de sua escassa lista de amigos, isso antes de Calliope começar sua carreira como patinadora profissional e se tornar um poço de mesquinharia e do garoto Cricket começar a usar umas roupas bem mais descoladas...

Cricket foi a grande paixão de Lola em sua infância e pouco antes da família Bell se mudar, o clima entre eles oscilava entre ardente e ártico. Por fim, o rapaz se foi partindo o coração dela num mar de humilhação.

“Enquanto ele dá uma corridinha para me alcançar, eu continuo segundo em frente.” Pg.92

Esse trecho resume bem a estória entre Lola e Cricket. Ela seguiu em frente com sua vida até ele aparecer do nada e bagunçar tudo. Novamente.

O romance, os dramas são encantadores e transformaram o livro num dos meus favoritos.

Para terminar, um trecho que amei:

“- Então, você acredita em segunda chance? – Mordo o lábio.
- Segunda, terceira e quarta. O que for preciso. Por mais tempo que leve. Se a pessoa for certa – ele acrescenta.
- Se essa pessoa for... a Lola?
Dessa vez, ele retém meu olhar.
- Só se a outra pessoa for o Cricket.” Pg. 231

OBS: Eu não li Anna e Beijo Francês, mas acho, por serem da mesma autora, que os amigos St.Clair e Anna citados aqui são os mesmos. Se são, fiquei mordida para ler o livro!

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