[Resenha] Charlotte Street, de Danny Wallace

Charlotte Street

Charlotte Street
Danny Wallace
1° Edição/2012
400 Páginas
Sinopse: Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...

Resenha da Lorena:

Nem sei bem por onde começar, Charlotte Street tem uma capa muito bonita, um ar de romance implícito, luz crepuscular, e um casal observando a vista central da capa. A sinopse de inicio parece um pouco clichê, mas que romance não é um pouco clichê? Todos são, e nem por isso são ruins.

Na capa abaixo do titulo está escrito “ Um romance engraçado e irreverente. Uma história de amor...” Não sei bem ao certo, se pelo excesso de expectativas sobre o livro, mas o fato é que me decepcionei com a história.

De todos os livros da editora Novo Conceito que li, posso certamente dizer que esse não foi o melhor. Eu sequer consegui terminar de ler.

O início do livro é legal,


''Eu me pergunto se nós deveríamos começar com as apresentações.
Eu sei quem você é.
Você é a pessoa que está lendo isso.
Por qualquer razão, e em qualquer lugar, esse é você, e logo nós seremos amigos, e você nunca me
convencerá do contrário. E eu? Eu sou Jason Priestley.
E sei o que você está pensando. Você está pensando: Meu Deus! Você é o mesmo Jason Priestley,
nascido no Canadá em 1969, famoso pelo papel de Brandon Walsh, personagem central da popular série americana Barrados no Baile? E a resposta surpreendente para essa sua pergunta bastante sensata é não. Não, não sou eu. Eu sou o outro. Sou o Jason Priestley de 32 anos que mora na Caledonian Road, em cima de uma loja de vídeo game entre uma agência de notícias polonesa e aquele lugar que todo mundo pensa ser um bordel, mas não é. O Jason Priestley que desistiu do seu trabalho de representante/chefe de departamento em uma escola ruim, no norte de Londres, para perseguir um sonho de ser jornalista depois que sua namorada o deixou, mas que terminou solteiro e frequentador de restaurantes baratos, e espectador de filmes horríveis e, portanto, pode escrever sobre esse tipo de filme naquele jornal gratuito que te entregam no metrô e que você pega, mas nunca lê. “


O problema é que ele se perde no desenvolvimento da história.

Não acho certo dizer que o livro seja ruim, já que eu não consegui terminar de ler, muitas pessoas vão
gostar, outras não, isso acontece com todos os livros, mas vou tentar dizer porque não consegui terminar de ler o livro, e talvez você tenha uma opinião diferente da minha e queira ler e ter sua própria visão da história.

O primeiro ponto negativo pra mim foi o excesso de referências a coisas que as pessoas não conhecessem e não tem a menor ideia do que sejam, ele faz referências a queijos típicos de vários
países como Polônia, e outras coisas ainda piores que eu não sei o que são como Zsynka, krupnik,
Krokiet, Zubr, Zywiec entre muitas outras coisas que eu não conheço, mas talvez eu seja muito ignorante para saber o que isso significa.

Indo para o próximo problema, eu achei o personagem principal muito infantil, ele parece uma criança que nunca se apaixonou, nunca se relacionou com ninguém e não sabe ainda lidar com o fim de um relacionamento.

Tudo bem, ele terminou um relacionamento de 4 anos, é muito tempo e as pessoas demoram pra superar algumas coisas, mas a ex-namorada dele, Sarah, já superou, afinal ela já está noiva de outro cara, mas ele fica bebado e vai mexer no perfil do Facebook dela e ainda faz comentários desagradáveis. Todo mundo quando termina um relacionamento bloqueia ou exclui a pessoa, isso é o mínimo de amor próprio que a pessoa tem que ter, ainda mais quando não acaba de comum acordo entre as partes.Jason tem uma vida medíocre dividindo apartamento com Dev, seu amigo da faculdade. Ele desistiu de ser professor para ser jornalista, mas escreve criticas sobre restaurantes baratos, filmes ruins, e essas criticas são publicadas num jornal de distribuição gratuita, quanto avanço na vida.

O amigo dele Dev é um adulto que tem uma loja de vídeo games retro e que só não fechou ainda porque o pai dele é rico e ajuda ele a pagar as contas, ou seja, um adulto frustrado, que passa os seus dias jogando vídeo game como uma criança.

Além disso, no livro passam-se paginas e paginas onde nada acontece, eu achei a leitura cansativa e
maçante. Talvez do meio para o final do livro tenha uma reviravolta e a historia se torne muito boa, se em algum outro momento eu conseguir ler o livro todo, faço outra resenha falando do final.


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A pergunta para o Top Comentarista é:
"E vocês, já começaram a ler algo e se sentiram impelidos a abandonar a leitura? O que os impulsionaria a uma atitude tão drástica como a desistência?"
 Defenda o seu ponto de vista e leve o título de melhor comentário, entrando assim na disputa pelos livros Lorde Supremo e Esperando Por Você.


Saiba mais aqui.

6 comentários :

  1. Também achei o livro cansativo, mas o terminei. E assim, o final é bem legal, mas não compensa todas aquelas páginas de enrolação rs...

    www.resenhasealgomais.com.br

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  2. Já ouvi falar muito desse livro e a maioria achou cansativo, bem o que me impulsiona a parar de ler um livro é não me identificar com a estoria dá vontade de pular paginas e ir logo pro final, abandonar mesmo eu nunca abandonei por que minha curiosidade é maior então deixo de lado por um tempo as vezes grande demais e depois volto a ler o livro.

    bjos

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  3. Hum, tenso, achei a capa tãoo linda, pena que somente a capa não faz o livro. Eu estou muito curiosa para ler e o farei em breve, quando terminar volto aqui para dar minha opinião.

    Resposta TOP comentarista:

    Já desisti de muitos livros durante minha vida como leitora, alguns por serem ruins demais, outros, por não terem histórias criativas, nem ao menos interessantes. Mas a desistência que mais me marcou não foi por nada disso, mas sim por que o livro era MUITO bom. Aí você me pergunta: está louca? Desistiu de um livro por que ele era muito bom? ahn? Pois é, o livro em questão é: O lobo da estepe, do autor alemão Hermann Hesse. Lembro-me de querer ler esse livro depois que o Fernando Anitelli (criador do o teatro mágico) falar que o nome da banda foi inspirado nesse livro, o que é verdade, pois na história de Hesse existe um lugar chamado "teatro mágico - entrada para raros". Mas o que aconteceu para que eu desistisse foi que o livro é extremamente profundo, atordoador, principalmente para quem é escritor ou aspirante a escritor. A história é muito maluca, o que me mexeu com meus sentidos e me fez ter uma overdose de leitura (sem brincadeiras) tive que desistir dele e somente voltar a lê-lo anos depois.

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  4. Uau, me surpreendi bastante com sua resenha sobre Charlotte Street. O livro está em minha lista de desejados faz um tempinho (confesso que grande parte do motivo é essa capa linda <3), mas depois disso com certeza pensarei melhor antes de comprar, rs. Que pena que você não conseguiu finalizar a leitura, quem sabe mais para o fim tenha algo que compense.

    Resposta:
    Sou orgulhosa de dizer que já li de tudo um pouco, e isso pode ser ótimo e ruim, ao mesmo tempo. Não o tipo de pessoa que consegue simplesmente parar no meio das coisas, e, por causa dessa mania, nunca abandonei a leitura de um livro ao meio. O caso mais próximo foi (não me apedrejem!) com Morte Súbita, da J.K Rowling. Sou uma potterhead assumida e estava tão ansiosa para ler o livro, mas, quando cheguei na página 12 a história estava taaão chata que, por isso e por eu ter vários livros que precisava ler logo, acabei desistindo dele. Porém, um dia, pretendo retomar a leitura. Acho impossível que a J.K escreva algo que não valha uma lida <3
    Beijos!

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  5. Eu me apaixonei pela capa desse livro, e concordo a respeito de explicações e citações desnecessárias. Fiquei tipo: Queijos? Ok...
    Mas a personalidade do protagonista é tolerável (ao menos eu acho, pois não li) nem todo mundo sai de um relacionamento e supera logo. Alguns ficam anos presos ao mesmo. E eu tenho meus ex-namorados adicionados ainda ao meu face. Não quer dizer nada.

    Quanto a pergunta:
    Eu nunca abandonei a leitura de um livro. Por mais cansativa que a narrativa possa parecer, a curiosidade sempre supera e mesmo que largue o livro por uma semana, volto a pegá-lo pra terminar de ler. Não consigo não saber como uma história que eu comecei a ler vai terminar.
    Quando estava lendo Anne Frank fiquei quase dois meses sem ler, mas não por não ter gostado da história, foi pelo fato de ter que me dedicar aos meus estudos. Notas baixas, último bimestre, física... Não foi fácil, mas consegui me sair bem nas minhas avaliações finais e quando peguei o livro pra continuar lendo acabei relendo do início.

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  6. Ahhh..
    Tiveram poucos livros que eu desisti de ler:
    - O caçador de pipas (larguei na metade.. fiquei entediada)
    - Phanadia (desisti na primeira página.. a escrita era muito estranha)
    - A arte da imperfeição (parei quando vi do que se tratava.. não faz meu estilo)
    - A ditadura envergonhada.. (nem lembro o porque de parar nesse .. hehhee)

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