[Resenha] A filha da minha mãe e eu, de Maria Fernanda Guerreiro

“- Eu tenho medo de... – ele tentou falar, mas o interrompi com receio de Guga escutar e se chatear com a nossa desconfiança.

- Já sei pai... mas o medo te levou a algum lugar? – Perguntei.” Pg 251

Titulo: A FILHA DA MINHA MÃE E EU
Autora: Maria Fernanda Guerreiro
Selo: NOVO CONCEITO / JOVEM
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 256
Área Principal: FICÇÃO
Assunto: DRAMA
Skoob: http://skoob.com.br/livro/233793
Sinopse: Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família, A filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre Helena e sua filha, Mariana. A história começa quando Mariana descobre que está grávida e se dá conta de que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e, principalmente, perdoar a ambas. Inicia-se, então, uma revisão do passado – processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que contêm a história de cada um.

Minha opinião:

Com uma narrativa emocionante, o livro conta a história de uma família, aparentemente comum mas, única em todos os aspectos. A ênfase é na relação entre mãe e filha, como cada uma se comporta e como a falta de um diálogo e um carinho podem acabar por quase destruir toda uma família.

“A filha da minha mãe e eu” nos mostra como a relação de Nana e Helena evoluiu um tanto quanto conturbada ao longo de suas vidas, com todos os seus altos e baixos; e mostrando que, acima de qualquer coisa, mãe é mãe e que não importa o quanto elas sejam próximas (ou não) de seus filhos, elas sempre estarão lá, prontas para defende-los mesmo que eles não esperem ou nem mesmo saibam disso.

“Uma noite eu tive um sonho: Sonhei que estava andando pela praia com o Senhor, [...] Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isto aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me.
Então perguntei ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvesse Te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o meu caminho, mas notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia.[...]
O Senhor respondeu:
- Meu precioso filho, [...] Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí, que eu te carreguei nos braços.” Referencia da página 244 a 245

A história é linda e comovente e me levou a pensar em todos os momentos em que briguei/fui injusta com a minha mãe e questionei suas atitudes superprotetoras... não que as entenda agora, mas é como dizem por aí “quando você for mãe, você vai entender”.

“Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha” Pg 07

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