[Resenha] A Filha do Pastor das Árvores, de Gillian Summers

A Filha do Pastor das Árvores

O Povo das Árvores - Livro 01

Autora: Gillian Summers

Edição: 1 - 2011
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 280

Sinopse: Com a morte da mãe, Keelie Heartwood, uma jovem de apenas quinze anos, é forçada a deixar sua adorada Califórnia para viver com o pai nômade no Festival da Renascença de Montanha Alta, no Colorado. Lá, coisas estranhas começam a acontecer — estranhas mas familiares. Keelie percebe que algumas pessoas do festival têm orelhas pontudas, incluindo o cavaleiro mais bonito do lugar, Lorde Sean do Bosque. Quando ela começa a ver seres estranhos e a se comunicar com árvores, descobre que existe um segredo a seu respeito e percebe que seu pai lhe deve explicações. 

"A Filha do Pastor das Árvores" é um romance mágico e instigante que prende o leitor do começo ao fim. Após a leitura, viver na floresta em meio a um Festival da Renascença será uma ideia muito atraente. Um livro a ser devorado, independentemente da idade.Após ser elogiado pela crítica e sucesso de vendas, além de receber excelentes avaliações nas principais livrarias do mundo, chega ao Brasil A filha do pastor das árvores, primeiro volume da série O povo das árvores, de Gillian Summers. 

Curiosidade sobre a autora: Moradora de uma floresta, Gillian Summers cresceu com ciganos num Festival da Renascença... Gillian, na verdade, é criação de duas escritoras da Geórgia, Berta Platas e Michelle Roper, mas sua biografia é quase igual à delas, exceto com relação aos ciganos. Saiba mais em
www.gilliansummers.com

Minha Opinião:

“Treze anos de nada não dava a ele o direito de ser chamado de pai. 
Ela o chamaria de Zeke.”

Pag.40 

Keelie tem 15 anos, acaba de perder a mãe num acidente de avião e se vê forçada a morar com o pai, o qual nunca tinha visto antes. Apesar de todos os fatos já implicarem numa situação delicada, a coisa vira oficialmente um desastre quando a menina perde toda sua bagagem no aeroporto e conhece pessoalmente o ambiente “natureba” ao qual seu pai vive.

Zeke mora, simplesmente, dentro de um parque florestal, viajando constantemente entre os festivais mais bizarros que se possa imaginar.

A entrada de Keelie nesse universo é bem impactante. Os festivais são como circos itinerantes. Os temas são variados, por exemplo, o livro I da série se passa dentro do Festival da Renascença da Montanha Alta. Há torneios de justas, apresentações de brigas na lama e, claro, há inúmeras casas de souvenir sobre o tema. Zeke é quem fabrica e vende móveis espetaculares.

Entre todos os problemas de Keelie, há um detalhe peculiar: ela acredita ter uma forte e rara alergia à madeira.

Unindo todos esses fatos, as autoras criam uma aventura fantástica com direito a todos os típicos personagens místicos das florestas.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas a forma como a personagem principal foi apresentada soou, de alguma forma, vazia para mim, criando certo antagonismo com suas atitudes infantis. Entretanto fiquei encantada com todo o mistério e originalidade. Resumindo, estou ansiosa pelo próximo da série.

“Eu sei que você achou a vida aqui no festival incrivelmente diferente da que levava antes. Sei que o tempo que passou comigo colocou em xeque seus conceitos a respeito da realidade. O mundo está cheio de criaturas diferentes e, entre as que pensam e raciocinam, os seres humanos formam apenas uma pequena parte.” 

Pg. 214

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