Felipe Colbert
Editora - Novo Conceito / Novas Páginas.
Páginas – 301
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Sinopse: Se pudesse, Lucius aterrissaria em 1964 para ajudar Anabelle a realizar o grande sonho do seu falecido pai! De quebra, ajudaria a moça a enfrentar alguns problemas muito difíceis, entre eles resistir à violência do seu tio Lino. Claro que conhecer de perto os lindos olhos que ele viu no retrato não seria nenhum sacrifício... Sem conseguir explicar o que está acontecendo, Lucius inicia uma imensa troca de correspondência com a antiga moradora da casa para onde se mudou. Uma relação que começa com desconfiança, passa pelo carinho e evolui para uma irresistível paixão – e para um pedido de socorro...
* * *
Belleville conta a história de dois jovens, Lucius e Anabelle, que vivem separados no tempo por 50 anos de diferença. Ele está em 2014 e ela em 1964.
Os dois acabam por “se conhecer” por causa da montanha russa que dá nome ao livro, Belleville, e passam assim a viver uma belíssima história de amor que nem mesmo à distância e o tempo pôde impedir.
Lucius é um estudante de matemática que se muda para a cidade de Campos do Jordão para iniciar sua faculdade e conhece Anabelle ao achar uma carta nos fundos da casa que alugou. Nessa carta ele descobre que um antigo morador começou a construir uma montanha russa, mas que não teve tempo de terminar, pois morreu e sua filha escreve essa carta na esperança que alguma pessoa no futuro possa terminar de construir o sonho não só de seu pai mais também o dela. A partir dessa carta a vida de Lucius muda por completo e ele decide assumir a responsabilidade de construir Belleville.
Daí inicia-se uma intensa troca de cartas dos personagens que vai emocionar profundamente o leitor.
Quando peguei o livro pra ler não estava com muitas expectativas, mas tive uma grata surpresa logo nas primeiras páginas. Os capítulos são curtos e intercalam as narrativas dos dois personagens nos dando uma visão de ambos os tempos em que eles estão.
Quando peguei o livro pra ler não estava com muitas expectativas, mas tive uma grata surpresa logo nas primeiras páginas. Os capítulos são curtos e intercalam as narrativas dos dois personagens nos dando uma visão de ambos os tempos em que eles estão.
Anabelle imediatamente nos cativa com sua inocência e sensibilidade dando assim vontade de ajuda-la a resolver rapidamente todos os males que acometem sua tão triste vida. Lucius também nos pega de imediato mostrando ser um jovem nerd com muito mais sentimento e atitude do que a maioria dos jovens de sua idade.
Como o livro se passa em dois tempos diferentes, tive de início muito medo do autor se perder, mas isso felizmente não acontece e Colbert consegue narrar de forma tranquila à comunicação que ocorre entre os personagens. Um ponto alto do livro é certamente as cartas que eles trocam entre si, elas conseguem transmitir de forma emocionante os sentimentos e situações que eles estão vivendo, foi uma forma muito bonita que o autor encontrou pra manter a comunicação deles. O livro lembrou-me um filme que eu particularmente gosto muito A Casa do Lago protagonizado por Sandra Bullock e Keanu Reeves, só que para mim o livro é ainda melhor, pois os dois personagens tem histórias pessoais emocionantes e tristes que nos envolvem do início ao fim.
O final do livro me deixou muito feliz já que temia que o autor pudesse terminar de forma incoerente sem dar possibilidade de uma nova chance para ambos os personagens. Belleville é um daqueles livros que a leitura cola na sua cabeça e que você só sossega quando termina de ler. E mesmo assim quando o livro se acaba você ainda fica pensando na história dos dois com um quê de saudade. Felipe Colbert foi muito feliz na sua história e ganhou de agora em diante uma fã incondicional de sua escrita.
Recomendo e muito a leitura do livro.
Lilian Freitas
Sobre a colunista...
Lilian Freitas é uma leitora compulsiva que costuma ler vários livros ao mesmo tempo e não consegue ficar longe deles nem por um dia. Para ela qualquer lugar é uma oportunidade única de não só ler, mas de mostrar as pessoas seu amor pela leitura.
"Falar dos livros é experimentar a oportunidade de liberdade que eles proporcionam."
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