Jogos Vorazes #1 - Suzanne Collins

Jogos VorazesJogos Vorazes #1
Suzanne Collins
Ano: 2010 / Páginas: 400
Idioma: português
Editora: Rocco Jovens Leitores
Este livro é o primeiro de uma bem-sucedida trilogia, comercializada para mais de 20 países, A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de 12 a 18 anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte.
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos 'Jogos Vorazes'?

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Quando os recursos naturais se esgotarem e os povos se dilacerarem por restos de comida, o mundo como conhecemos deixará de existir. E, pela visão de Suzanne Collins, serão tempos vorazes.

A extinta América do Norte passará a ser a nação Panem, que contará com uma Capital insanamente egoísta e doze distritos fatalmente esfomeados. Além de trabalhar e morrer em prol do fornecimento de recursos para a Capital, os distritos devem também fornecer divertimento e subversão através dos chamados Jogos Vorazes.

Todo esse enredo, certamente, não é novidade para ninguém. A série de Suzanne ganhou as telonas do cinema e conquistou o mundo, incluindo essa humilde telespectadora. Obviamente, a parte leitora dessa não tão humilde blogueira logo se questionou sobre a fidelidade do filme para com o livro.  O que resultou em uma longa espera para a aquisição dos três livros da série, que, diga-se de passagem, são bem carinhos. E ainda nove horas de leitura seguidas, uma dorzinha nas costas e forte embaçamento da vista para enfim tirar conclusões próprias.

Jogos Vorazes não foge a regra de que o livro é bem melhor do que o filme, entretanto é infinitamente mais que isso.

Com o filme não tive a menor ideia de como surgiu Panem (surgida do caos conseguinte ao fim dos recursos naturais da Terra) ou o porquê dos Jogos Vorazes (um castigo pelo levante dos 13 distritos contra Capital, o 13° foi totalmente devastado e todos os outros 12 devem, a cada ano, ver dois dos seus levados a esse divertimento mórbido da Elite de Panem).

A frieza de Katniss é totalmente justificada, já que aos onze anos teve de assumir a responsabilidade pela irmã caçula e a mãe depressiva após a morte de seu pai. Elas literalmente quase morreram de fome. Gale entra nesse meio como um amigo confidente que a compreende, mas que não desperta nela um sentimento romântico. Na verdade, Katniss só tem certeza de amar uma pessoa: sua doce irmã Prim.

Por isso ela se voluntariou.

O símbolo do tordo, dado pela filha do prefeito à Katniss, vira o símbolo dos rebeldes, pois durante a era do levante contra a Capital, foram criados gaios tagarelas que voavam para os distritos e ouviam e repetiam todas as conversas dos rebeldes. Só que quando os rebeldes descobriram, usaram os gaios para levar informações falsas, zombando da Capital. A maioria dos gaios foram exterminados, mas alguns fugiram e ao cruzarem com tordos criaram uma nova espécie que repete sons, mas não conversas inteiras. O símbolo do tordo representa zombaria, afronta à Capital.

E Peeta... (suspiros)

(Mais suspiros e pausa emocionada)... Ok, estou exagerando. Mas, caramba! No filme ele não é nem 25% do charme que é no livro. Ele é apaixonado por Katniss desde sempre. O pai dele era apaixonado pela mãe dela, mas ela o preteriu por um cara mais pobre, tudo por se apaixonar pela forma do cara cantar. O cara era o pai de Katniss, que acaba cantarolando no primeiro dia que Peeta a conhece. E na hora algo mexe com ele, pobrezinho. Daí seguem-se anos de amor não correspondido.

A impressão que tenho é que o romance tão bem dissertado como uma falsete no filme nunca foi visto como um blefe para o menino. Ele achou que era amado como amava. Ai, ai... Tão doce.

Tudo bem que ela é a mais forte. Que as comparações entre ele e Gale são desfavoráveis, mas, apesar de particularmente sempre preferir os "Gales", o Peeta tem algo que me cativou.

O Peeta do livro, ok? Não o do filme. E não, não são o mesmo. Ao menos na minha mente.

E no meu coração.

Até o segundo volume da série ;)



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