Jogos Vorazes #3 - A Esperança - Suzanne Collins

Jogos Vorazes #3 - A Esperança
Suzanne Collins
Ano: 2011 / Páginas: 424
Idioma: português
Editora: Rocco Jovens Leitores
O volume final da trilogia 'Jogos Vorazes', de Suzanne Collins, é exatamente o livro pelo qual os fãs esperavam: complexo, imaginativo e, ao mesmo tempo, brutal e humano. Depois de sobreviver aos jogos por duas vezes, Katniss Everdeen tentará se encontrar no papel de símbolo de uma revolução, enquanto luta para proteger sua mãe e sua irmã no meio de uma guerra. A série, com mais de quatro milhões de exemplares vendidos apenas nos Estados Unidos, é o mais novo fenômeno da literatura jovem dos últimos tempos, e mistura ficção científica com reality show, passando pela mitologia e pela filosofia com muita ação e aventura.
Katniss conseguiu sair da arena pela segunda vez, mas, mesmo assim, ainda não está a salvo. A Capital está irritada e quer vingança e, por isso, inicia uma represália a toda a população. Numa trama tão violenta quanto psicológica, Suzanne Collins consegue provocar, em A esperança, um debate sobre a moral e os valores da guerra e as consequências das escolhas feitas por cada um dos personagens.
Ser o símbolo da revolução tem um preço alto para Katniss, que terá que decidir o quanto da sua própria humanidade e sanidade ela poderá arriscar em nome da causa, dos seus amigos e da sua família. É pela voz da protagonista, ainda mais feroz e obstinada, que a autora desafia o leitor a refletir em meio a cenas cruéis de combate. Tudo isso numa narrativa brilhante, com viradas surpreendentes que levam a um desfecho chocante e original.
Ambientado num futuro sombrio, a saga 'Jogos Vorazes' é pioneira de uma tendência que ganhou força no mercado de bestsellers juvenis: a dos romances distópicos e pós-apocalípticos. As obras renderam à autora Suzanne Collins lugar na badalada lista de 100 personalidades mais influentes do ano da revista Time em 2010. Com narrativa ágil e ousada, os livros da trilogia foram traduzidos para 44 países e vêm atraindo leitores de diversas faixas etárias.

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"Será que sou assim tão fria e calculista? ... Não há a menor indicação de que o amor, desejo, ou mesmo compatibilidade exercerá alguma influência sobre mim. Vou apenas conduzir uma fria avaliação do que os meus parceiros potenciais podem me oferecer. Como se, no fim, a questão fosse se, entre um padeiro e um caçador, quem teria mais condições de estender ao máximo possível minha longevidade." Página 355.

Sim, Katniss. Você é extremamente fria e calculista!

Isso foi o que passou pela minha cabeça ao ler essa página. Caramba! Que vontade de entrar na história e dizer a Peeta para acordar e se afastar ao máximo de Katniss. A garota não sabe o que quer, a não ser assassinar o presidente e deixar sua irmã a salvo.

O terceiro e último volume de Jogos Vorazes revela novas peças do jogo. Um distrito antes dado como extinto ressurge. Planos e promessas são feitas. Novas alianças forjadas e testadas, revelando as verdadeiras e mesquinhas intenções atrás dos covardes.

Os distritos são aos poucos sacrificados para que a guerra avance. E Katniss começa a me dar nos nervos com sua postura eternamente indecisa. Comecei a me irritar e correr com a leitura, buscando aquele ponto de mudança, quando algo a forçaria a se decidir.

Eu já estava revoltada com as mortes. Sim há mortes em demasiado. Primeiro a autora te faz amar alguns personagens e depois... Bam!! Eles morrem. Um a um. Foi doloroso de ler.

E então, o ponto da mudança chega.

"Os que eu amava voam como pássaros no céu aberto acima de mim... Morta, sem permissão para morrer. Viva, mas totalmente morta." Páginas 374 e 375.

Katniss sempre pareceu distante e sôfrega, desiludida e triste, mas uma alegria tímida gerava um calor necessário para que seu coração continuasse batendo. E agora esse calor foi apagado. Em seu peito há só escuridão, frio e vazio. Os Dias Escuros voltaram, mas apenas para ela. Panem está livre. Há esperança em cada rosto. Ela pode ver isso, mas não sentir. Ela pensa que nunca sentirá mais nada a não ser dor.

Sua dor a redime, mas não a liberta. Com ajuda, consegue encontrar um meio de manter o coração batendo. Afinal, ela é uma sobrevivente, disso ninguém duvida. E é amada. Há esperança. Não de felicidade plena, mas ao menos de vida.

Essa foi a impressão que fiquei com o fim da leitura, além de uma sensação pesada de tristeza.

Eu sei que o tema da trilogia é em si perturbador. Que em vista do que era, as mudanças para o povo de Panem em geral são animadoras, mas a custa do quê? Sendo uma ficção, penso como seria, particularmente, mais aprazível se houvesse menos sangue inocente no fim. Já havia dor e injustiça até os talos. Tanto que a animação com o primeiro volume de Jogos Vorazes me foi arrancada da memória. É como se a tristeza transbordasse manchando a lembrança cheia de expectativa de antes.

É estranho. Jamais senti isso com uma leitura.

As únicas palavras que consigo pensar para encerrar essa resenha é...

Meus respeitosos sentimentos aos Everdeens. Criados por uma mente brilhante, para salvar muitos através de rios de lágrimas de sangue.



Um comentário :

  1. A Esperança é um livro que estou ansioso por ser o desfecho de uma série aclamada, mas receoso pelo que está por vi. Eu amei - favoritei - Jogos Vorazes, mas quando peguei Em Chamas não senti o mesmo orgulho daquela escrita premiada. Espero que conclua bem.

    Resenha | Carry On, Rainbow Rowell.

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